A lavangem cerebral dos media aos portugueses


Conversa verídica hoje entre vizinhas:

Vizinha A: “Eu não vou votar nem num nem noutro, vou votar no Bloco de Esquerda!”

Vizinha B: “Bloco de Esquerda? Quem são esses?”

Vizinha A: “É o partido do Louçã.”

Vizinha B: “Ah, eu pensava que era só o Sócrates e o outro”.

Os media, principalmente as televisões, tornaram-se em profetas que debitam profecias que se auto-realizam. Um pouco como as agências de Rating.

Este é um exemplo de como é real a lavagem cerebral feita aos portugueses pelos media. E não se pense que só são afectados os menos esclarecidos. Depois de semanas a abrir telejornais com comícios de PS e PSD é plantada na mente dos portugueses a inevitabilidade de um governo PS ou PSD com a moleta do CDS. Nem sequer é necessário entrar nos sonhos de ninguém, como no filme “Inception”.

Aqueles que se interessam um pouco mais e procuram ouvir os comentários às notícias, são bombardeados com os comentadores do regime a gritar em uníssono que é preciso cumprir o programa da troika, para bem do país. Resta saber de que país falam. Dizem eles que apenas PS, PSD, e CDS contam porque os outros não têm alternativas e não “negociaram” com a troika. O que vejo é que quem “negociou” com a troika nem sabe que acordo assinou e, esses sim, não têm qualquer proposta. Têm um protocolo a seguir, ponto por ponto.

Mas a professia que se auto-realiza continua com o dilúvio das sondagens a apelar ao “voto útil”, como se fosse útil alguém votar num partido no qual não acredita só para não deixar outro vencer. Votem segundo as vossas convicções e deixem-se de merdas.

Se todos votássemos “útil” teríamos um  sistema bipartidário em que um partido apontaria para Norte e o outro para Nor-Noroeste e trocavam de 4 em 4 anos. Não muito diferente do que temos agora é certo, mas ao menos temos quem represente quem não se revê nos partidos do centrão que não são muito mais do que máquinas de chegar ao poder para servir interesses.

E era isto que tinha para dizer.


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