Descubra as diferenças: OpenStreetMap vs Google Maps em São Miguel


OSM vs Gmaps

A imagem do topo é um screenshot de Ponta Delgada, São Miguel, tirada do Google maps. A imagem abaixo é uma imagem sensivelmente da mesma área e zoom tirada do OpenStreetMap.

Não é difícil ver na imagem, e muito menos navegando em ambos os mapas, que nos Açores o OpenStreetMap fornece muito mais detalhe comparativamente com a pobreza que é o Google Maps. A Google tem produtos fantásticos, incluindo o Google Maps. Mas, como qualquer empresa, tem o lucro como objectivo. Investir em melhorar mapas de zonas em que o retorno será diminuto não é de todo atractivo.

Felizmente que existem projectos como o OpenStreetMap no qual, como em muitos outros projectos colaborativos, cada um trabalha naquilo em que tem interesse, contribuindo para o projecto e tornando a vida mais fácil a muitos utilizadores.

O OpenStreetMap é editado por qualquer pessoa que tenha interesse em fazê-lo. Utilizando traces de GPS ou imagens aéreas do Yahoo e mais recentemente do Bing, é possível criar mapas de grande detalhe e precisão e até bastante atractivos visualmente. Sempre achei mapas uma coisa fascinante, ao ponto de ter um grande mapa mundo da National Geographic na parede e muitos outros arrumados à espera de um lugar para serem colocados.

De vez em quando faço uns traces de GPS, mas desde que o Bing (obrigado Microsoft) autorizou o OSM a utilizar as suas imagens aéreas, que é possível fazer imensas edições mesmo sem traces. Desde desenhar ruas, edifícios, jardins, adicionar detalhes a pontos de interesse, são imensas as possibilidades. Antes do Bing, a Yahoo permitia a utilização das suas imagens aéreas pelo OSM, mas para os Açores não atingiam níveis de zoom suficientes para ser possível distinguir mais do que as estradas principais.

Uma das minhas grandes dúvidas era como se portaria o OSM numa aplicação de navegação com GPS. Felizmente existe uma para Android, o OsmAnd. Nada melhor do que um teste. Andando por Ponta Delgada de carro, a aplicação portou-se muitíssimo bem, dando indicações muito precisas nas várias rotas que testei. Outra coisa que me surpreendeu foi o facto de, por haver obras na estrada e ter sido necessário mudar de rota, a aplicação ter adaptado à nova rota, indicando o caminho correctamente.

Mais um pequeno exemplo do que o trabalho colaborativo pode fazer mesmo sem ter os milhões de uma grande corporação e como isso pode ser importante para regiões que não são financeiramente rentáveis.

 


Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.