Passos Coelho admite que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013 – JN


Passos Coelho admite que Portugal pode não regressar aos mercados em 2013 – JN.

Cá está a notícia, num jornal estrangeiro, a preparar o país para o (desejado?)  segundo resgate.  Como todas as “promessas” feitas por este governo, a promessa solene do ministro das finanças de que Portugal regressaria aos mercados em Setembro 2013 será mais uma vez posta no lixo, talvez desmentida como mais um “lapso”.

Até quando os portugueses admitirão isto? Todos aqueles que esbracejavam, gritavam, manifestavam-se, indignavam-se contra as descaradas mentiras de Sócrates, admitem que este PM, que tanto criticou as tais mentiras e políticas injustas, venha agora mentir com mais naturalidade e falta de vergonha e por em prática políticas ainda mais injustas. Haja coerência.

É óbvio o falhanço deste programa de destruição de um país, de destruição social, de destruição de vidas. Um acordo que nos salva do incumprimento mas que em troca nos oferece desemprego massivo, perda de direitos, pobreza, vidas hipotecadas por décadas, é o mesmo que vender a alma ao diabo. E qual é a luz ao fundo do túnel? Nenhuma. Todas as previsões de recessão e desemprego são profundamente optimistas em relação ao que a realidade nos diz. A Grécia, sujeita a esta mesma receita de catástrofe antes de nós, é um país cada vez mais pobre. É para lá que vamos, pelo o caminho grego, por muito que alguns tentem dissociar a nossa imagem da imagem grega, qual leprosa.

Para os profetas da austeridade inevitável não resta outro caminho. Mas a verdade é que a inexistência de caminhos nunca foi impedimento para a humanidade chegar onde quis. Se não há caminho, abre-se um. Basta querer.


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