Um Ambiente de Trabalho que funcione, por favor!


Finalmente chegou o Fedora 18 e, após ter utilizado o Cinamon uns dias e ter ficado ainda com sensação que está numa fase inicial de desenvolvimento em que ainda é preciso mais tempo de maturação para ser utilizado no dia a dia, decidi experimentar a o Fedora 18 com o GNOME 3.6. O que vi e experimentei não me agradou nada. Sem dúvida que o dektop está mais polido, vê-me muito trabalho, mas, infelizmente, muito dele na direcção errada. Muitos dos problemas iniciais do GNOME shell estavam, aos poucos, a ser resolvidos mas desta feita acho que foram tomadas decisões que são um real passo atrás para o GNOME, o que muito me entristece.

Ora vejamos:

Há agora, em várias aplicações GNOME, um menu que se situa na barra do topo do GNOME shell. Nessas aplicações, por exemplo, no Nautilus (gestor de ficheiros) quando maximizamos uma janela o botão “fechar” desaparece. Para fechar a janela com o rato é necessário clicar nesse menu e escolher a opção fechar. Dois cliques para fechar uma janela? A sério?

Uma das melhores funcionalidades do GNOME-shell era o chat integrado. O funcionamento desse chat foi alterado e agora para voltarmos a uma conversa é necessário ir ao “overview”, quando antes bastava deslocar o rato para o canto inferior direito. Mais um movimento, porquê?

Outra “inovação” que simplesmente tirou-me do sério foi a grande mudança feita ao Nautilus. Adeus vista em árvore, adeus ao “split screen” com a tecla F3, adeus criar novo ficheiro de texto numa pasta através do menu de contexto acedido com um clique do botão direito do rado, aliás, a única opção que este nos dá é a criação de uma nova pasta e aceder às propriedades da pasta actual.

Aqui fica um vídeo onde estas e outras alterações são abordadas e criticadas por um utilizador.

Quero um ambiente de trabalho que tenha funcionalidades e que consiga trabalhar rápida e eficientemente. Retirar funcionalidades, ocultá-las ou torná-las menos acessíveis não é inovação. Houve realmente inovação no GNOME-shell, por exemplo, a gestão de workspaces é a melhor que alguma vez utilizei. Havia muito a melhorar e as perdas de funcionalidade compreendiam-se pois tratava-se de um desktop shell novo em que muito teve de ser construído quase do zero. Estas alterações da versão 3.6 fizeram-me instalar a versão KDE do Fedora 18.

No entanto, sinto-me um tanto ou quanto deslocado aqui. Há coisas excelentes no KDE, mas estou habituado a um ambiente GTK há mais de 6 anos e tudo isto é um pouco novo. Aguardo, no entanto, que haja alterações de fundo na direcção que o GNOME está a tomar.

, ,

2 comentários a “Um Ambiente de Trabalho que funcione, por favor!”

  1. É o que tenho feito até aqui e sempre fui um defensor do gnome shell. Mas, cada vez mais, preciso de mais extensões, agora preciso de usar outro file manager e isso começa a deixar-me frustrado. As extensões deviam fornecer novas funcionalidades e não tornar o desktop utilizável. Também não estou 100% contente com KDE…

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.