Leitor de ebooks – one gadget to rule them all (the books)


Há muito tempo que andava curioso por experimentar um leitor de ebooks. Tudo o que tinha lido sobre estes pequenos contentores de sabedoria agradava-me bastante e o facto de por vezes passar várias horas por dia a ler num ecrã de um computador ou agarrado a um pesado livro técnico era um incentivo forte para querer saber mais sobre os e-readers. Durante muito tempo não existia uma loja de ebooks em português com uma colecção significativa de livros, facto que certamente não será alheio a não existirem leitores à venda em Portugal. Apesar de mais de um terço dos livros que leio serem em inglês não quero ter de ler autores portugueses em inglês. Isso até a FNAC passar a comercializar os leitores Kobo e a ter uma loja online já com um número assinalável de títulos. Para além dessa há também as lojas da wook e da leya.

Há pouco mais de um mês, aproveitando uma promoção na FNAC online, comprei um Kobo Touch WiFi. Após uma espera longa pelo Kobo e alguns emails de reclamação para a FNAC, depois de experimentar o dispositivo e ler algumas horas com ele fiquei definitivamente rendido a este gadget que, para quem gosta (ou precisa) de ler muito, torna-se indispensável. Rapidamente damos por nós a pensar: como é que conseguia ler sem isto.

O Kobo touch é muito leve, pequeno e muito confortável de se ter na mão. Os fantásticos ecrãs com e-Ink sem retro-iluminação são maravilhosos para com os nossos olhos e, aliados às funcionalidades de escolha de fonte, tamanho da fonte, espaçamento entre linhas e entre letras, fazem com que ler uma hora no e-reader seja muito menos cansativo do que num livro físico e sem comparação possível com leitura num ecrã de computador ou qualquer tablet. Claro que se usarmos uma fonte de tamanho e  espaçamento  demasiado grandes torna-se necessário virar a página com demasiada frequência. No entanto, não é difícil encontrar um meio termo.

A nível de performance não podemos esperar que seja fluida como num tablet, muito devido ao ecrã e-Ink. Responde suficientemente rápido em quase todas as situações, excepto quando acabamos de o ligar, o que é normal. Por baixo da interface criada pela Kobo está um núcleo Linux claro :). Para além da biblioteca onde podemos criar prateleiras para agrupar livros, temos acesso à livraria online (acesso por wifi) e há ainda algumas surpresas guardadas, como alguns jogos, um navegador web para as emergências e estatísticas interessantes sobre os nossos hábitos de leitura.

E onde obter os livros? Em português há a loja oficial da FNAC, a da Leya e a Wook (haverão outras eventualmente mas desconheço). Em toda elas os livros trazem DRM o que é verdadeiramente decepcionante. Parece que a indústria não aprendeu com o exemplo da música. Sempre que se está à procura de um livro clássico é aconselhável procurar no Guttenberg Project onde poderão obter livros que se encontram no domínio público gratuitamente em PDF e EPUB que é um dos formatos suportados pelo Kobo. Alías, EPUB é o formato mais vulgar para ebooks na Internet, excepto na Amazon (MOBI).

Agora ando em busca de uma capa para deslocações a um preço decente e de uma luz de leitura para as “noitadas” a ler. Sugestões aceitam-se.

Tudo isto aliado a mais de 2GB de armazenamento extensíveis com cartão de memória, uma bateria que se esquece que existe de tão poucas vezes que se carrega, fazem deste brinquedo um instrumento essencial para o leitor ávido.

 

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