Enlightenment 17 em Fedora 10


O Enlightenment 17 sempre me despertou bastante curiosidade e interesse mas até agora nunca tinha tido a disposição de instalar a partir do svn, já que não não conhecia pacotes pré-compilados para Ubuntu de uma versão recente.

No meu desktop, que tenho instalado o Fedora resolvi instalar para ver qual a versão disponível. Um simples:

#yum install enlightenment

Foi uma agradável surpresa. Ao fazer login já tinha um desktop E17 como tenho visto nalguns screenshots. Foi bom ver uma versão recente nos repositórios do Fedora já que a versão que está nos repositórios do Intrepid está, no mínimo, desactualizada (2004).

Das horas que já utilizei o E17 no Fedora parece-me ser um projecto com pernas para andar e que, em máquinas mais fracas em recursos (e não só), pode conquistar no futuro um espaço importante.

O E17 ganha aos “window managers”, como fluxbox, openbox etc, primeiramente na aparência. Ao entrarmos num gestor de janelas típico, senti-mo-nos um pouco perdidos pela falta de ícones, menus e pelo desktop muito espartano. O E17 aparenta ser, desde o início, um ambiente mais amigável em que vemos logo uma espécie de dock. Um clique com o botão esquerdo do rato abre-nos um menu em que podemos encontrar itens como: Favorite Aplications; Aplications; Run command; Files, Desktop, Windows, Enlightenment, Configuration e System.

O nome dos itens é bastante intuitivo e facilmente percebe-se o que faz a maior parte deles. No menu Aplications temos os itens do menu de Aplicações do GNOME, logo muito facilmente acedemos às aplicações que estamos habituados a usar.

Existe também um menu de configuração do sistema em que podemos configurar vários aspectos, desde wallpaper, icones, cores, temas, idioma, teclado, rato, entre outros.

Existem no entanto muitos módulos que não estão presentes nos repositórios do Fedora 10, talvez por ainda serem muito experimentais.

Os paineis são chamados de shelfs e são bastante personalizaveis, desde o tamanho, cor, e tudo o que podemos colocar dentro de cada uma.

Talvez a melhor característica do E17 seja a sua performance. É extremamente leve, apesar de ser visualmente muito atraente. As aplciações em GTK ou QT correm sem perda de performance ou grande utilzação de memória. Não é como correr aplicações QT em GNOME ou GTK em KDE em que a utilização da RAM dispara.

O E17 é sem dúvida um software em desenvolvimento e não é para ser utilizado em máquinas de produção. No entanto já é possível utilizar o E17 sem sentir que a qualquer momento tudo vai dar o berro.

É um projecto muito interessante em que alteramos a nossa forma de pensar o desktop. Por exemplo, se queremos abrir o menu de aplicações apenas clicamos em qualquer lado do ambiente de trabalho. É muito mais rápido e lógico do que deslocar o ponteiro até um botão qualquer ou um menu fixo num canto do ecrã. São pequenos pormenores como este que nos fazem mais produtivos e que fazem os window managers serem muito atrativos para quem quer gosta de ter a produtividade a 200%.

Vou seguir o E17 com muita atenção e tentar utilizar no Fedora de vez em quando. No Ubuntu estou a tentar instalar a partir do svn mas está um pouco complicado. Depois publico aqui os resultados 🙂


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